Hospital Risoleta Neves, um dos principais pronto-socorros de BH, restringe atendimentos por causa da superlotação
Unidade de saúde informou sobre medida nesta quarta-feira (22) e disse que solicitou apoio no processo de transferência de pacientes para outras unidades da R...
Unidade de saúde informou sobre medida nesta quarta-feira (22) e disse que solicitou apoio no processo de transferência de pacientes para outras unidades da Rede SUS. Hospital Risoleta Tolentino Neves, no bairro Vila Clóris, na Região Norte de BH Guilherme Pimenta/TV Globo O Hospital Risoleta Tolentino Neves – um dos pronto-socorros mais importantes para atendimento de urgências e emergências vindas de Belo Horizonte e Região Metropolitana – informou nesta quarta-feira (22) "que não possui condições estruturais e de espaço físico para receber novos pacientes". O motivo, segundo a unidade de saúde, é a superlotação. Ainda de acordo com o hospital, a diretoria notificou a situação à Rede de Urgência e Emergência de BH e solicitou apoio no processo de transferência de pacientes para outras unidades da Rede SUS. Conforme a instituição, o anúncio é para esclarecer e alertar a população sobre a situação atual no Risoleta Neves, referência na Região Norte da capital. A Prefeitura de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – que ajuda a manter o hospital filantrópico – foram procuradas pelo g1 e disseram que apenas o Risoleta Neves se manifestaria. O Risoleta disse que a triagem está mantida e, quando a classificação é verde e amarela, sem risco, o paciente é orientado a procurar outras unidades de saúde. Ainda segundo o hospital, desde 2023 existe esse cenário de superlotação, mas nesta quarta-feira foi a primeira vez que houve a necessidade de limitar os atendimentos. A reportagem também procurou o Ministério da Saúde e aguarda o retorno. No chão Jorge Eduardo Pinto espera atendimento médico deitado no chão, do lado de fora do Risoleta Neves Reprodução/TV Globo O paciente Jorge Eduardo Pinto estava deitado no chão, do lado de fora do hospital, aguardando por atendimento médico. "[Eu estou sentindo] muita falta de ar, minhas vistas caíram [escureceram], dor aqui do lado [pôs a mão sobre as costelas do lado direito] e tossindo", disse. Capacidade O hospital informou que a capacidade prevista de atendimento no pronto-pocorro é de 90 pacientes. Nesta quarta-feira (22), o local "amanheceu com um total de 180 pacientes, ou seja, o dobro do quantitativo de pessoas previsto para o bom funcionamento da unidade", ressaltou a nota. Contudo, a direção do Risoleta Neves esclareceu que todos os pacientes que já estão no hospital serão atendidos, mas reforçou a necessidade da restrição temporária de novas admissões. Suspensão de cirurgias ortopédicas eletivas Sete hospitais cadastrados na Rede SUS de Belo Horizonte suspenderam a partir desta quarta-feira (22) as cirurgias ortopédicas eletivas – que são agendadas. As unidades hospitalares afetadas são: Hospital da Baleia Hospital das Clínicas da UFMG Hospital Evangélico Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro Hospital São Francisco de Assis (Unidade Santa Lúcia) Santa Casa de Belo Horizonte Hospital da Faculdade de Ciências Médicas Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o motivo é a alta demanda por leitos hospitalares ortopédicos. Apenas os procedimentos de urgência serão realizados. Ainda de acordo com a prefeitura, a previsão inicial é que a suspensão permaneça em vigência até o dia 5 de fevereiro. "O conteúdo deste ofício, ele solicita que os hospitais interrompam as cirurgias eletivas ortopédicas por 15 dias exatamente para gente contigenciar e oportunizar o bloco cirúrgico destes hospitais para que eles realizem cirurgias de urgência exatamente porque a gente tem hoje uma demanda, teve uma demanda nessa primeira quinzena de janeiro, nos primeiros 20 dias, ampliada de cerca de 30% de demandas de urgências ortopédicas nas nossas portas de urgências que são as UPAs, os hospitais que atendem as urgências de uma forma geral. A gente não deseja que gente com essa cirurgia marcada seja desmarcada, então, a gente autoriza que o hospital faça esse caso, atenda esse caso para que esse paciente não perca, mas que ele não agende novos casos nesse período e com isso, a gente abre então essa agenda para novas solicitações da Central de Internação", explicou o subsecretário municipal de Atenção à Saúde de BH, André Menezes. Hospital Maria Amélia Lins No dia 6 de janeiro, o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi fechado. A danificação de uma peça do arco cirúrgico, equipamento essencial para precisão nos procedimentos cirúrgicos, teria sido a gota d'água. Pacientes e funcionários tiveram de ser transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que terá um aumento de pelo menos 200 cirurgias por mês. Não há previsão de que bloco do HMAL volte a funcionar. Vídeos mais assistidos do g1 Minas